Segundo velho ditado popular: “rir é o melhor remédio”. No entanto, será que ouvir risadas, também, pode ser considerado um remédio?
Para responder a presente pergunta, baseei-me numa pesquisa realizada por pesquisadores japoneses - Yoshiyasu Fujiwara e Hitoshi Okamura - publicada no final de 2.018 na importante revista BioPsychoSocial Medicine, que buscou identificar se ouvir risada tinha alguma correlação com o bem-estar.
O estudo foi realizado com 90 estudantes saudáveis que, aleatoriamente, foram divididos em dois grupos de números iguais. Ambos os grupos foram expostos a uma carga de estresse por 15 minutos através do teste de Uchida-Kraepelin e, logo em seguida, um dos grupos foi submetido a ouvir risadas preparadas em um CD por 05 minutos e o outro grupo, apenas, descansou por igual período.
Além disso, após tais exposições, os estudantes passaram por avaliações em seus níveis de estresse, estado fisiológico da pressão arterial e pela monitoração da variabilidade da frequência cardíaca.
Os pesquisadores afirmaram que quanto ao nível de estresse, ao comparar ambos os grupos, ouvir risada não provocou diferenças significativas. No entanto, o estudo revelou interações significativas na alteração da frequência cardíaca e da variabilidade da frequência cardíaca quando comparou o grupo que ouviu risos com o que não ouviu.
Portanto, segundo o estudo, podemos sugerir que ouvir risadas serve como “terapia” para o coração. Pois, segundo tais resultados, houve um efeito relaxante naqueles voluntários que ouviram música por cinco minutos, após expostos ao estresse. Sobretudo, segundo os pesquisadores “ouvir música pode ser considerado um método facilmente acessivo para melhorar o processo de recuperação do sistema nervoso autônomo, já que a sua aplicação não requer habilidades e/ou ferramentas especializadas”, tradução nossa.
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Referência
Fujiwara, Y; Okamura, H. Hearing laughter improves the recovery process of the autonomic nervous system after a stress-loading task: a randomized controlled trial. BioPsychoSocial medicine, 12(1), p.22, 2018.
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